segunda-feira, 7 de julho de 2014

Como a Internet das Coisas muda a vida das pessoas?



Nosso planeta – formado por sistemas naturais complexos, humanos e objetos – gera hoje um número infinito de dados de diversos tipos. Uma avalanche de informação que codificada ou não nos oferece outra miríade de oportunidades e desafios. Já comentamos sobre isso em outros posts, como este.

Nos últimos anos, microchips, códigos e tecnologias cada vez mais sofisticadas nos deram acesso a estes dados e, ao mesmo tempo, as máquinas passaram a estar cada vez mais conectadas. A partir daí, surgiu o conceito de Internet das Coisas (Internet of Things), uma espécie de hot topic atual, que foi mencionado por Kevin Ashton, um dos primeiros nomes a falar nessa ideia, ainda no início dos anos 2000. A Internet das Coisas é a conexão e comunicação entre objetos (máquinas ou coisas), por meio da internet. Essa conectividade gera mais dados, que podem ser coletados a partir de mais lugares. A capacidade de coletar, analisar e distribuir dados aumentará muito, e por consequência, a sua transformação em informação, conhecimento e sabedoria também. De acordo com a Cisco, em 2020 serão 50 bilhões de objetos conectados no mundo, incluindo telefones, chips, sensores, implantes e dispositivos que nós ainda não desenvolvemos. 

Este vídeo da IBM ilustra bem o conceito: Internet of Things - Introduction


Mas como a Internet das Coisas irá impactar em nossas vidas? De diversas formas, e as possibilidades para descobri-las estão abertas. Mas hoje vamos falar sobre como essas novas conexões poderão ajudar muito as nossas cidades a se tornarem mais inteligentes e, sobretudo, melhores para se viver.



O conceito de cidades inteligentes (smart cities) tem sido cada vez mais discutido nos últimos anos. Já falamos sobre isso também nesse post. O termo inteligente, nesse contexto, está muito ligado ao uso da tecnologia da informação e comunicação e da internet para enfrentar os desafios urbanos que o crescimento das metrópoles nos apresenta. E é nesse ponto que a Internet das Coisas será tão importante para melhorar a vida das pessoas.
Uma breve contextualização: é importante lembrar que o número de residentes urbanos vem crescendo cerca de 60 milhões a cada ano. Além disso, segundo estudo da UN-Habitat mais de 60% da população mundial estará vivendo em cidades até 2050. Consequentemente, as pessoas que ocupam apenas 2% das terras do mundo irão consumir cerca de três quartos de seus recursos. A pesquisa destaca também que mais de 100 cidades de 1 milhão de pessoas serão construídas nos próximos 10 anos. Esse cenário exige que as cidades busquem formas de interagir com os cidadãos para buscar insights, ouvir e responder às necessidades das pessoas. 





Como o aumento do uso de tecnologias móveis e conexões entre máquinas, além dos sensores incorporados aos objetos físicos - Internet das Coisas -, os sistemas cognitivos serão capazes de encontrar padrões em grandes quantidades de dados produzidos. As máquinas poderão raciocinar por meio dos padrões e aprender através das interações com as pessoas para refinar suas respostas. Isso significa uma nova geração de algoritmos de aprendizado e sistemas de processamento de linguagem de máquinas que está surgindo. Essa mudança abre diversas possibilidades para um gerenciamento mais inteligente das nossas cidades. Os aplicativos móveis poderão se tornar a melhor forma de acompanhamento dos problemas cotidianos das grandes cidades como, por exemplo, buracos nas ruas, iluminação pública, caixas de lixos superlotadas (por meio dos sensores), alagamentos, etc. A partir dessas informações os serviços públicos poderão ser gerenciados e consumidos de acordo com as necessidades e demandas das pessoas. Além disso, a análise de sentimentos sociais pode prover aos governantes uma grande quantidade de comentários sobre questões importantes para os cidadãos, facilitando a priorização das ações. Essa troca de informações online entre cidadãos e governo dará origem a novas cidades, que poderá responder às demandas da população em tempo real, prever os problemas antes que eles ocorram, e oferecer serviços sob medida de acordo com as demandas da população. Sonho?! Não, já é possível. Só precisamos ser mais ativos e participativos na busca de uma vida melhor para todos. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário