Então: De que é feita uma cidade?
De infraestrutura, operações e pessoas. Uma cidade
inteligente interconecta estes pilares e tem o progresso como objetivo.
No nosso mundo de 7 bilhões de pessoas, uma a cada duas vive nas cidade, e nos próximos 35 anos este número será de duas a cada três. O processo
de urbanização evidentemente afeta a infraestrutura das cidades que, muitas
vezes, são pensadas para atender um número de habitantes muito menor.
Ao mesmo tempo, a população exige cada vez mais do lugar onde
vivem. Deseja mais qualidade de vida, transporte eficiente e sustentável e sistemas
de energia que deem conta de robustos sistemas econômicos; quer também se
engajar nos discursos públicos, contar com líderes inspiradores e sentir
orgulho das cidades em que vivem.
Hoje em dia, as cidades competem globalmente para atrair
tanto a população – principalmente jovens qualificados – como investimentos e
empresas. Uma cidade atrativa precisa oferecer serviços básicos que deem conta
do crescimento constante de oportunidades, além de conseguir se diferenciar
competitivamente por meio de uma economia forte e sustentável.
O desafio é grande, mas, felizmente, hoje os governantes
podem contar com ferramentas capazes de coletar e analisar dados para
monitorar, medir e gerenciar este complexo tripé (pessoas, operações e
infraestrutura). Eles podem entender, por exemplo, como o sistema de
transporte, a água e a energia interagem para conseguir aperfeiçoar suas
operações de forma individual e coletiva.
Singapura, Estocolmo e Califórnia utilizam o software da IBM que coleta e analisa dados sobre o tráfego para prever uma hora antes onde o
engarrafamento irá acontecer.
Em Londres, um muro de iPads localizado no Mayor of London's Office apresenta um fluxo constante de dados sobre o clima, o metrô, os níveis de irradiação, e até uma medida específica, calculada pelo aplicativo Mappiness da London School of Economics, que mostra quão feliz a cidade é. Há também um feed de Twitter que apresenta os trending topics de Londres.
Cidades inteligentes não esperam a economia melhorar para
começar a agir. Elas focam na competitividade, em maximizar seus recursos e
estabelecer planejadamente as bases para as transformações futuras.
A gente ainda precisa falar sobre a contribuição da população
para solucionar os problemas da cidade. Mas este será tema para um outro
post.
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