Luana Santos
Converter desejos em demanda. Essa missão de Marketing anunciada
por Peter Drucker parece simples: descobrir o que as pessoas querem e oferecer
isso a elas. Entretanto, identificar esses desejos antes mesmo que as pessoas o
façam é uma tarefa árdua, mas cada vez mais necessária para aqueles que buscam
a inovação.
O Design Thinking nos ensina que o ser humano precisa voltar ao
centro da história, precisamos colocar as pessoas em primeiro lugar para fazer
essas identificações.
Segundo Henry Ford, se ele perguntasse aos seus clientes o
que eles queriam, a resposta seria: “um cavalo mais rápido”. Por isso que as pesquisas
de Marketing que questionam o que as pessoas querem raramente rendem bons
insights. Portanto, são pouco úteis para criação de ideias revolucionárias
porque normalmente não revelam os desejos não expressos. Precisamos ajudar as
pessoas a articular os seus desejos latentes, os quais, muitas vezes, nem elas
mesmas sabem que têm.
Para o Design Thinking, o ponto de partida é sair pelo mundo
e observar as pessoas em suas verdadeiras experiências: no transporte público,
no restaurante, no bicicletário, no brechó, nos hospitais, nas manifestações públicas etc. Nosso
público-alvo raramente nos dirá o que fazer, mas o comportamento deles nos
renderão insights preciosos sobre seus desejos não atendidos. Observar o
corriqueiro pode nos dizer muito. Mas para isso precisamos olhar com
curiosidade, fazer perguntas e praticar esse exercício diariamente – de
preferência com um Moleskine ou o Evernote na mão! Como diria Wittgenstein: “Não
pense. Olhe”.
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