quinta-feira, 5 de junho de 2014

A importância de observar a vida alheia


Luana Santos

Converter desejos em demanda. Essa missão de Marketing anunciada por Peter Drucker parece simples: descobrir o que as pessoas querem e oferecer isso a elas. Entretanto, identificar esses desejos antes mesmo que as pessoas o façam é uma tarefa árdua, mas cada vez mais necessária para aqueles que buscam a inovação. 

O Design Thinking nos ensina que o ser humano precisa voltar ao centro da história, precisamos colocar as pessoas em primeiro lugar para fazer essas identificações.

Segundo Henry Ford, se ele perguntasse aos seus clientes o que eles queriam, a resposta seria: “um cavalo mais rápido”. Por isso que as pesquisas de Marketing que questionam o que as pessoas querem raramente rendem bons insights. Portanto, são pouco úteis para criação de ideias revolucionárias porque normalmente não revelam os desejos não expressos. Precisamos ajudar as pessoas a articular os seus desejos latentes, os quais, muitas vezes, nem elas mesmas sabem que têm.

Para o Design Thinking, o ponto de partida é sair pelo mundo e observar as pessoas em suas verdadeiras experiências: no transporte público, no restaurante, no bicicletário, no brechó, nos hospitais, nas manifestações públicas etc. Nosso público-alvo raramente nos dirá o que fazer, mas o comportamento deles nos renderão insights preciosos sobre seus desejos não atendidos. Observar o corriqueiro pode nos dizer muito. Mas para isso precisamos olhar com curiosidade, fazer perguntas e praticar esse exercício diariamente – de preferência com um Moleskine ou o Evernote na mão! Como diria Wittgenstein: “Não pense. Olhe”. 


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