quinta-feira, 12 de setembro de 2013

OpenGov já chegou na sua cidade?

Seja você um entusiasta do governo aberto (conhecido pelo termo OpenGov, abreviação para Open Government), como nós da Ethos, seja você um sujeito ainda não familiarizado com esta modalidade de políticas baseada em dados abertos, inevitavelmente você estará sujeito a esta tendência.  No mundo todo as iniciativas de OpenGov estão ganhando espaço, mesmo em países pouco conhecidos pelos seus métodos participativos de tomada de decisão, como a China.


Podemos definir as iniciativas de OpenGov como a construção de canais (redes) de colaboração da sociedade na administração pública. Por meio delas, estabelece-se um modelo participativo de governança baseado na possibilidade de qualquer cidadão contribuir para a edificação de uma nova plataforma de governo mais aberta e transparente, que atende às demandas sociais. OpenGov está no cerne da noção de redistribuição de poder.

Usarei aqui alguns exemplos destas iniciativas nos Estados Unidos para esclarecer um pouco o assunto. Embora o Ato de Liberdade da Informação (Freedom of Information Act) tenha sido lançado em 1966, as políticas americanas baseadas em dados abertos (Open Data) só começaram a sair do papel nos últimos 7 anos (desde 2006 aproximadamente). Na vanguarda deste período estão Chicago, Filadélfia, Nova Iorque e São Francisco. Mas ainda assim Open Data nem sempre está no centro das discussões políticas por aqui (aos desavisados, digo “aqui” porque escrevo do sexto andar da SIPA, escolar de Relações Internacionais da Universidade de Columbia em Nova Iorque).  Mas a indiferença a esta oportunidade de participação cidadã na formulação de políticas públicas está mudando.
Só em 2012, sete novas políticas de dados abertos foram implementadas em nível estadual e municipal nos EUA.  As tendências de jurisdição são promissoras também: cada vez mais a promulgação em cidades menores, como a South Bend, Indiana, bem como em estruturas governamentais maiores. Quatro novos estados foram adicionados à lista dos que usam dados abertos: Utah, New York, New Hampshire e Havaí. Além disso, o governo federal (e agências específicas) refinou seus objetivos e políticas de dados abertos. Muitas cidades reforçaram, em 2013, a divulgação de informação e priorizaram a criação de dados abertos.
Como exemplo concreto, citamos o site NYC Open Data que compila dados do governo e outras fontes para uso público: informações sobre transporte, consumo de energia, descrição sobre colégios e universidades, entre outras informações que são super úteis à população. Para conhecer clique aqui.
Outro exemplo é da fundação Sunlight, que lançou um mapa das cidades do país já emprega políticas de dados abertos. Para visualizá-lo clique aqui.
E no Brasil? A cidade onde você mora já emprega políticas baseadas em Open Data? Você tem ideias de como isso poderia ser feito? Conte pra nós.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013