domingo, 29 de junho de 2014

WiX Lounge

When in New York, we go to work at Wix Lounge. 


In this picture you can understand why... 



#OfficeNYC #EthosInsights #SocialImpact #WixLounge

Empreendedorismo Social e Saúde.

Demais essa iniciativa brasileira de empreendedorismo social e saúde! O Saútil surgiu em janeiro de 2011 com intuito de prover conhecimentos básicos sobre o SUS, como o de obtenção de medicamentos na rede pública de saúde. O sistema de busca criado, mapeia serviços do SUS para todo o país. Saútil foi acelerada pela Artemisia Negócios Sociais, uma aceleradora de negócios de impacto social no Brasil.

Vale a pena checar! 


http://www.sautil.com.br/

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mulheres protagonistas


De hoje, 24 de junho até 31 de julho o blog da Ethos inicia uma séria de posts com o perfil e a história de mulheres que estão fazendo o bem no mundo, seja empreendendo, seja  fazendo política. Elas nem sempre são muito faladas e nunca apareceram na capa da Forbes.

Dedicaremos este espaço para falar delas.

Espero que vocês gostem.

:)




sexta-feira, 6 de junho de 2014

As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá


Bruna Santos1

 O famigerado complexo de vira-latas brasileiro, diagnosticado por Nelson Rodrigues,  tem sido recorrentemente citado ao longo das últimas semanas. Ele reflete a insegurança e descontentamento daqueles que repetem “só no Brasil mesmo” toda vez que se deparam com algum problema. A percepção do brasileiro sobre a situação atual do país piorou significativamente desde que os protestos tomaram as ruas em junho do ano passado. A mensagem era clara: o brasileiro quer eficiência,  integridade política e, acima de tudo, quer ser ouvido. A iminência da Copa do Mundo nos jogou no meio de uma nuvem de insegurança coletiva em relação à percepção alheia sobre o Brasil. Nesse caso, a percepção de nada menos do que o restante do mundo.  A fim de dar um empurrãozinho na disposição de alguns brasileiros a ver o copo meio cheio, proponho uma reflexão breve sobre democracia e participação.

Na última quinta-feira, “só no Brasil mesmo”, foi realizada a maior consulta pública da história da internet no país. A Votação de Prioridades realizada pelo Gabinete Digital do Estado do Rio Grande do Sul encerrou as consultas com 255.751 votantes em três dias. Com este resultado, o Rio Grande do Sul realizou a maior consulta pública da história da Internet no país e o maior processo de orçamento participativo digital do mundo. Tudo isso foi monitorado de perto por pesquisadores do Banco Mundial que estavam no estado para conduzir uma série de experimentos relacionados à participação cidadã.

Comparação e competição

Como quem olha o pão com manteiga que tem na frente e compara com o carré de cordeiro na foto do Instagram do vizinho, o brasileiro complexado olha para fora e se deprime. (Não cabe a mim explicar o porquê). Ele se deprime porque pensa que em Miami a vida é mais fácil; que em Nova Iorque tem emprego pra todo lado e que em Pequim tudo funciona, pois o governo é eficiente.

Aos que pensam assim, fica o meu depoimento. Há algum tempo vivo entre Brasil, China e Estados Unidos. Ser expatriada foi uma opção de vida. Não saí do Brasil por que o país não funciona. Saí por inquietação intelectual.

Manhattan connection às avessas - com parada na Praça da Paz Celestial

Olho para os países onde morei nos últimos 4 anos e vejo que o Rio Grande do Sul  não está nem um passo atrás em termos de democracia e participação. Pelo contrário.

Nos EUA, desde a década de 1990 tem-se tentado reinventar o governo. David Osborne foi o idealizador dessa reforma na administração Bill Clinton.  Nos últimos 8 anos, Nova Iorque também passou por uma transformação intensa na forma de pensar a intersecção entre políticas públicas e tecnologia. Liderada pelo prefeito Bloomberg, a iniciativa de usar a tecnologia da informação a serviço dos cidadãos foi feita de maneira colaborativa. A prefeitura abriu seus dados e criou canais de participação para que a população inovasse criando soluções criativas para os problemas urbanos. Eu considero a experiência nova-iorquina admirável e replicável. No entanto, a cidade ainda carece de iniciativas de participação popular eficazes. Acredite, tendo Porto Alegre como exemplo, a esquina do mundo lançou apenas em 2012 seu modelo de orçamento participativo - 23 anos depois da implantação do OP em POA pelo então prefeito Olívio Dutra.

Depois da grande maçã, olhemos para a outra esquina do mundo: Pequim. Na China, se você não é filiado ao Partido Comunista Chinês (PCC), as suas chances de ser ouvido e de participar das decisões políticas do país são reduzidas a nada. O chinês de classe média hoje tem acesso às grandes marcas internacionais, carros de luxo e etc, mas ainda está encerrado em um modelo não participativo de governo. Lá vive-se era da informação, da velocidade, da internet e das redes sociais, mas ninguém pode usar o Google, a internet é censurada e os cidadãos leem com descredibilidade o que é dito na mídia local.

No mesmo 4 de junho que, no Rio Grande do Sul, comemorávamos o sucesso da participação popular na votação das prioridades, na China, o governo repetia, pela 25º vez, seu esforço anual para apagar da história os vestígios do massacre de estudantes que pediam democracia na praça de Tianamen.

Oportunidades

A era da informação, da internet, das redes sociais e dos dados abertos nos oferece a oportunidade única de reformular nossas instituições políticas. O Rio Grande do Sul tem sido pioneiro nisso.  Uma revolução na forma de fazer política é necessária. A desigualdade entre ricos e pobres é um abismo que os líderes mundiais passaram décadas tentando fechar. Mas, na realidade, a maioria dos cidadãos permanece insatisfeito com uma desigualdade diferente: a que existe entre os poderosos e os impotentes.

Mais uma vez, o Gabinete Digital deu poder à voz dos gaúchos. Elevou o volume dos que ainda falam baixo ou não são ouvidos. Eu tenho orgulho disso e não vejo espaço para inseguranças e complexos, mas sim para avaliação crítica e construtiva. Melhoria, sugestões, participação e inovação. Que assim seja e que nossa voz nunca se cale. Os ouvidos dos poderosos estão abertos. Aproveitem!



1 Bruna é mestranda em Administracao Pública na Universidade de Columbia, pesquisadora no projeto Public Management Innovation entre os Columbia Global Centers do Rio de Janeiro, Pequim e Mumbai e sócia-fundadora da empresa Ethos Intelligence, dedicada ao monitoramento e avaliação de projetos de impacto social. Contato: bsd2118@columbia.edu :::  b.santos.ri@gmail.com ::: LinkedIn


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Acumen's free course: The Lean for Social Change

Acumen has a new free course soon! The Lean for Social Change course will teach you how to test, validate, and adapt your business model to ensure you’re creating the greatest impact and investing your time in something that truly meets your customer’s needs. The course starts June 23rd. Did we mention it's free?!

A importância de observar a vida alheia


Luana Santos

Converter desejos em demanda. Essa missão de Marketing anunciada por Peter Drucker parece simples: descobrir o que as pessoas querem e oferecer isso a elas. Entretanto, identificar esses desejos antes mesmo que as pessoas o façam é uma tarefa árdua, mas cada vez mais necessária para aqueles que buscam a inovação. 

O Design Thinking nos ensina que o ser humano precisa voltar ao centro da história, precisamos colocar as pessoas em primeiro lugar para fazer essas identificações.

Segundo Henry Ford, se ele perguntasse aos seus clientes o que eles queriam, a resposta seria: “um cavalo mais rápido”. Por isso que as pesquisas de Marketing que questionam o que as pessoas querem raramente rendem bons insights. Portanto, são pouco úteis para criação de ideias revolucionárias porque normalmente não revelam os desejos não expressos. Precisamos ajudar as pessoas a articular os seus desejos latentes, os quais, muitas vezes, nem elas mesmas sabem que têm.

Para o Design Thinking, o ponto de partida é sair pelo mundo e observar as pessoas em suas verdadeiras experiências: no transporte público, no restaurante, no bicicletário, no brechó, nos hospitais, nas manifestações públicas etc. Nosso público-alvo raramente nos dirá o que fazer, mas o comportamento deles nos renderão insights preciosos sobre seus desejos não atendidos. Observar o corriqueiro pode nos dizer muito. Mas para isso precisamos olhar com curiosidade, fazer perguntas e praticar esse exercício diariamente – de preferência com um Moleskine ou o Evernote na mão! Como diria Wittgenstein: “Não pense. Olhe”.